quinta-feira, janeiro 04, 2007

Ela, aquela

O poder das coisas. O significado que ganham. Podem ser as estrelas, o sol, o mar, o campo, o cume de uma montanha, uma música... do mais banal ao mais exótico e bizarro... mas é algo que sendo de todos, é apenas nosso em particular.

Como aquele significado, não há mais nada nem ninguém.

E é bonito sentir que toda a nossa vontade está bem guardada... mas em código. Para onde todos conseguem olhar mas onde só nós chegamos... só nós compreendemos essa codificação, escrita com sentimentos e gravada com os nossos gestos e olhares de cumplicidade...

Uns dizem que é mentirosa... talvez por se verem reflectidos....
Mas mesmo quando estamos ausentes de nós próprios.... ela marca presença. Como tudo aquilo ao que quisermos atribuir importância. A importância não está nas coisas ou nas pessoas... somos nós que a damos.


Não é quem, nem o quê, nem quando.
É tão somente ELA a resposta.
Aquela que se esconde quando indisposta,
Aquela que nasce e renasce sem idade,
Aquela a quem tantos, tanto atribuem,
Como as contas das marés ou a personalidade.

Os nossos olhares convergentes
Traçam linhas de emoção,
Onde o vértice só é tangível
No ponto de intersecção,
Apenas assim revelado
Na nossa imaginação.

Mas é imaginação bem real
Aquela que nós recriamos.
Não depende de um nós virtual
Mas do quanto em verdade amamos.

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