quinta-feira, novembro 30, 2006

Viver... é descobrir em nós algo para dar aos outros...

Pensando no título...

Viver... se não o fazemos... limitamo-nos a morrer lentamente.
E quem disse que tem que ser assim? Porque é que é assim?..... mais difícil viver.... e mais fácil morrer?...
Quem disse que temos que descobrir o nosso caminho desde o início?
Mas quem, em perfeito juízo, acredita nisso?
Teremos mesmo que ser nós próprios a passar pelas mesmas asneiras que os outros passaram?
Ou haverá algo ou alguém que de facto tenhas as respostas?... um livro, talvez?
E, no limite da razão, para que servem estas minhas dúvidas?
Será apenas para nos perdermos em nós próprios? Ou permitem dar pistas para os que vêm depois de nós?
Será que aos nossos antepassados, estas questões também surgiram?

Pois ... se o que está no título se aplicar às dúvidas que tenho... então estou mais do que disponível para viver(!!!), descobrir todas as dúvidas que tenho...................... e dá-las aos outros!!!

quarta-feira, novembro 29, 2006

Quem...?




Mil vezes eu me pergunto,
Mil vezes não me respondo,
Quem terá sido o artista
Que fez o mundo redondo?




Tamanhas imperfeições...
Perfeitas imprecisões...
Terá sido isto montado
Por alguém sobredotado
Que com o rigor de um horário
Estabeleceu calendário?
Ou, muito pelo contrário,
Terá sido por receita
Que toda esta obra foi feita?

Foram génios?
Foram sábios?
Que inventaram mal e bem?
Ou terá sido tal génio que de génio nada tem?

Uma pergunta coloco a quem o amor criou...
Como inventou o amor quem nunca amou?
Terá sido o próprio amor que se auto-inventou
E que depois de já criado se auto-proclamou?

Tudo isto é complicado
Mas bem simples por sinal...
Aprende-se em estudo de campo
Explica-se ao natural…

Mas uma dúvida deixo,
Para quem queira divagar…
Não será o nosso mundo,
Fruto do nosso pensar...?

terça-feira, novembro 28, 2006

"Chewbbie" knows better...

Why do we always think of the other as "the strange person"...? Why do we have to point the finger to those who act differently? Why can't we accept others as they are and as they want to be?

A friend of mine once said... "I'm a free electron.... a weird particle... as a molecule, we are not just matter... we are also a wave... body and spirit... particles and wave...".

For those who are eager to control, always messing with someones life... just think on what you say... don't look at others before looking at yourselves... don't become the wrong particle in a melodic wave...

For those who are eager to live, without messing with anyones life... just say what you think.... live your life in your own way.... just roar for those who try to submit you to their will and social rules. Probably, it's the only way they have to survive....


Click to hear:
http://sounds.wavcentral.com/movies/starwars/chew_roar.mp3

Quais meias palavras!!!! (sem comentários...)

(Recebi o seguinte email... linguagem passível de chocar os mais susceptíveis... )


"Acaba de chegar à redacção do Portal Pimba a cassete "Pu#@ Vida Mer&@ Cag@£#%£$", desse ícone da música portuguesa que é o Nel Monteiro. E após uma primeira audição meus amigos, só posso dizer que é fantástica! Esqueçam o Azar na Praia, o Retrato Sagrado, tudo o que Nel Monteiro fez até à data. Sendo este o primeiro trabalho que o artista lança pela sua nova editora - Discodouro, Nel Monteiro não teve com meias medidas, sem obrigações para com editoras, lança um cd álbum que parece uma granada de fragmentação, dispara para todos os lados, sendo um autêntico hino revolucionário. No single que dá nome ao álbum, o artista crítica a Expo 98, a Ota, o TGV, a casa da música e os políticos em geral, deixando no fim, em tom paternalista, um conselho sábio para os políticos portugueses. Esta é sem dúvida a música mais revolucionária e intervencionista alguma vez feita em Portugal, envergonhando muita "canalha" que anda por aí a apregoar o hip-hop como música de intervenção. Poderá estar aqui o começo de um novo estilo dentro da Música Popular Alternativa - a Música Popular de Intervenção, vamos ver que impacto futuro terá esta obra de Nel Monteiro. Nós por cá estaremos atentos. "

(atenção ao "impacto sonoro"!!!!!... é para escutar...)
http://portalpimba2.planetaclix.pt/sons/nel_monteiro-puta_vida_merda_cagalhoes.mp3

Foi inevitável....

Vê lá bem, meu bem,
Sinto te informar
Que arranjei alguém

P’ra me confortar.
Este alguém está
Quando tu sais

E eu só posso crer,
Pois sem te ter

Nestes braços tais.

Vê lá bem, amor.
Só te quero ver
Somos no papel,
Mas não no viver.

Viajar sem ti,
Te deixar assim.

Tive que arranjar
Alguém p’ra passar
Os dias ruins.

Enquanto isso, navegando eu vou sem paz.
Sem ter um porto, quase morto, sem um cais.

E eu nunca vou esquecer-te amor,
Mas a solidão deixa o coração neste leva e traz.

Vê lá bem além
Destes factos vis.

Sabes que as traições
São bem mais subtis.

Se eu te troquei
Não foi por maldade.

Vê lá bem meu bem,
Arranjei alguém

Chamado saudade.


Escrita por Marcelo Camelo, conheci esta letra fantástica na versão incluída em “Há Fado – Mário e Lundum” e adaptei-a subtilmente à minha realidade….

segunda-feira, novembro 27, 2006

“Metacomunicação I” (excerto)

Um certo tema… uma certa conversa… duas certas pessoas…

"(…)
- Ela es
teve fora em trabalho este fim-de-semana, não deu para falar.
- Ok.
- Falei com outra rapariga, que disse que gostaria muito, mas também não tem tempo.
- Eheheh… ai... o tempo... o tempo...
- Pois... é sempre um bem escasso… ou mal utilizado… Eu não me candidato porque, como disse, não tenho capacidade para isso. Festas e essas coisas, não me correm lá muito bem.
- Mas o que é há para correr?
- Tudo… as marcações, as pessoas, o sítio, se é boa ou não, se é uma grande treta… sofro muito por antecipação eu… e preocupo-me com demasiadas coisas insignificantes.
- Mas neste caso o sítio já está pensado. Só precisamos mesmo da presença das pessoas e da logística para contactá-las.
- Já está escolhido? Onde é que é?
- No mesmo sítio do ano passado.
- Ah, pensava que não. Não sei… não tinha ficado com essa ideia… de que iria ser no mesmo sítio. Depreendi isso da nossa conversa, pensava que isso também teria de ser encontrado.
- Ok... terei induzido em erro…
- Não! Nada disso… nós é que por vezes interpretamos mal as coisas, ou lemos mal nas entrelinhas…
- Hmmm… deves ser de comunicação!!!
- … o que significa q as vezes só complicamos…
- Olha que não me parece… não acho que compliquemos pelo facto de sermos de comunicação… até acho que, por sermos de comunicação, descomplexificamos o processo e analisamos o problema em questões mais simples. Imagina uma molécula toda interligada..... grande confusão..... o “leigo" não saberá como, nem por onde pegar. Nós, os “cromos da química”, por outro lado, temos uma maior capacidade de colocar tudo explanado em cima da mesa… como um mapa-mundo. O grande problema é se depois não soubermos montar tudo outra vez.... aí sim.... mais valia estarmos quietos!!!
- Pois…
- … quando não sabemos montar como estava, antes de o ter desmontado, ficamos com a sensação de que complicamos.
- Por isso é que digo que às vezes, e por vermos essas coisas todas (ou não) também se nos abrem mais caminhos, hipóteses ou significados… e é um caminho sem fim…
- Pois… concordo…
- Por isso é q por vezes o silêncio é a única resposta certa… ou a única resposta a dar…
- Não será a única.... mas talvez a mais adequada… nem a mais certa... mas talvez a menos destabilizadora…
- Sim, isso mesmo…
(…)"

E assim continuou…

domingo, novembro 26, 2006

Dizem que o mundo vai mal....

Dizem que o mundo vai mal
É verdade pois então
Mas só dizê-lo não basta
Dizê-lo não é solução

Já será alguma coisa
Adiantá-lo de antemão
Mas já não é novidade
E nunca será solução

Não é novidade nenhuma e já ninguém se admira. Se vai mal, é porque todos o mal direccionámos ou não fomos capazes de cuidar do que é nosso. Aliás, é isso mesmo. O mal do mundo é ser de todos e não ser de um só. Como é de todos, ninguém se preocupa.

Porquê darmo-nos ao trabalho de guardar um papel para o deitarmos fora no primeiro contentor?! Vai logo janela fora... há quem o apanhe depois, ou talvez não. Quem o apanha não faz mais que o seu papel, é pago para isso. E depois, ao questionarmos essas bestas, incapazes de suportar o peso extra do seu próprio lixo, fogem à resposta ou contornam a questão ou pior que isso, enveredam pela demagogia na tentativa de se desculparem dizendo que a questão não está neste ou naquele papel que se deita ao chão, mas na "(...) poluição fabril da sociedade em geral (...)". E com toda esta displicência ainda têm a lata de dizer que o mundo vai mal!

Pois é... continuo a dizer que o mundo era muito melhor se fosse de um só. Já passou pela cabeça de alguém, por mais porco que seja, deixar a sua casa imunda? Claro que não... a casa é o seu orgulho.

O que é então este mundo?! Na óptica destes “prezados donos”, é apenas o apoio das suas casas, do seu viver. Na minha óptica, talvez "abrutalhada", é a única coisa que permite que estas pessoas sejam “asseadas e limpas”. Sem mundo, tudo seria disperso e, ao não haver convivência, já não haveria a necessidade de tomar conta das nossas coisas. Para quê?! Já ninguém as poderia apreciar e invejar...

Old Amersham...

















Cá está a minha nova terra....

Acho que me consigo habituar a ela!







Ai Portugal, Portugal... de que é que estás à espera...

Mas quando é que teremos uma mentalidade diferente?

Quando é que deixaremos de olhar uns para os outros, com inveja, tentando ficar com a maior fatia do bolo só para nós?

Quando é que iremos perceber que se trabalharmos todos para tornar o bolo maior... cada fatia que nos calha será por si só maior também...?

Precisamos urgentemente de uma reforma... uma única reforma faria despoletar tudo o resto.... a R.M., Reforma de Mentalidade... se quisermos aplicar à "linguagem eléctrica" mais recente.... precisamos de um Choque de Mentalidade ou um Choque Mental...

Estou a ver o caso muito mal parado... ai estou, estou...

Afinal sempre custa mesmo...

Para ser verdadeiro, o poeta tem que sofrer.
Para ser grande, uma árvore tem que crescer e ver cair as suas folhas, aguentar o clima adverso.



Para ter sinceridade e significado e ser forte, o amor tem que viver... ultrapassando problemas, distâncias e o tempo. Se sofremos enquanto amamos... é porque amamos.




Pensava já não saber amar... já não daquela forma apaixonada dos 18 anos... em que tudo é cor-de-rosa e perfumado... enganei-me. E ainda bem que me enganei... há mais de dez anos que não me sentia assim. Vivo. Com saudades, não por mim... mas por um NÓS.

Para todos aqueles que me conhecendo como uma pessoa racional que faço por ser, não me conhecem por me considerarem demasiado fechado nesse racionalismo não dando espaço ao sentimento... pois é... enganam-se. Sinto... e choro... e amo... e choro.... e tenho saudades de tudo o que me fez e faz... e tenho saudades de nascer, crescer e viver novamente todos os pedaços de vida vivida.

Apenas não deixo que esse sentimento me tolde a razão... não deixo?!... tento que não me tolde a razão...

E heis senão quando, uma pessoa nos faz chorar apenas por estar... por olhar a sua imagem... por senti-la presente nos pequenos momentos em que a sua presença, não sendo necessária, é essencial. Essa pessoa é companheira, confidente, avó, mãe, irmã, amiga, amante... é alguém em quem se confia de olhos fechados. É uma das poucas pessoas por quem verdadeiramente abdicaríamos de alguma coisa.

08/10/2006 - Londres


Após paixões
Nunca pensei sentir outra vez
Aquilo que me faz sonhar

Contente, vejo presente
Rios, vales e montanhas,
Instantes pequenos na mente
Sugerem riquezas tamanhas.
Tenho calor, tenho frio,
Isso é o amor que me aperta.
Nada é melhor que a tristeza,
A que a saudade desperta
.

1... 2... 3... experiência...

Esta é a minha primeira experiência...
Vamos lá a ver...


















Beijos e abraços...
Filipe