domingo, novembro 26, 2006

Afinal sempre custa mesmo...

Para ser verdadeiro, o poeta tem que sofrer.
Para ser grande, uma árvore tem que crescer e ver cair as suas folhas, aguentar o clima adverso.



Para ter sinceridade e significado e ser forte, o amor tem que viver... ultrapassando problemas, distâncias e o tempo. Se sofremos enquanto amamos... é porque amamos.




Pensava já não saber amar... já não daquela forma apaixonada dos 18 anos... em que tudo é cor-de-rosa e perfumado... enganei-me. E ainda bem que me enganei... há mais de dez anos que não me sentia assim. Vivo. Com saudades, não por mim... mas por um NÓS.

Para todos aqueles que me conhecendo como uma pessoa racional que faço por ser, não me conhecem por me considerarem demasiado fechado nesse racionalismo não dando espaço ao sentimento... pois é... enganam-se. Sinto... e choro... e amo... e choro.... e tenho saudades de tudo o que me fez e faz... e tenho saudades de nascer, crescer e viver novamente todos os pedaços de vida vivida.

Apenas não deixo que esse sentimento me tolde a razão... não deixo?!... tento que não me tolde a razão...

E heis senão quando, uma pessoa nos faz chorar apenas por estar... por olhar a sua imagem... por senti-la presente nos pequenos momentos em que a sua presença, não sendo necessária, é essencial. Essa pessoa é companheira, confidente, avó, mãe, irmã, amiga, amante... é alguém em quem se confia de olhos fechados. É uma das poucas pessoas por quem verdadeiramente abdicaríamos de alguma coisa.

08/10/2006 - Londres


Após paixões
Nunca pensei sentir outra vez
Aquilo que me faz sonhar

Contente, vejo presente
Rios, vales e montanhas,
Instantes pequenos na mente
Sugerem riquezas tamanhas.
Tenho calor, tenho frio,
Isso é o amor que me aperta.
Nada é melhor que a tristeza,
A que a saudade desperta
.

1 comentário:

Anónimo disse...

Uma vez poeta, sempre poeta. Que saudades que eu tinha de ler algo escrito por ti. Vou voltar por isso, esmera-te!
Beijos